_____Em 29 de abril de 2009, no colégio Nacional de Uberlândia – onde trabalho –, a amiga e professora Milena, de redação, apresentou, em sua prova bimestral, o seguinte exercício aos alunos:
Proposição para leitura e produção da Situação A
Considere o seguinte recorte:
“Andava pela rua quando de repente tropecei num pacote embrulhado em jornais. Agarrei-o vagarosamente, abri-o e vi, surpreso, que lá havia...”
Você deverá continuar o trecho acima em, no mínimo, mais dois parágrafos, constituindo um total de 15 linhas (desconsiderando a introdução)
Instruções específicas:
1. assinale a situação escolhida na folha de redação;
2. crie um título para sua narrativa;
3. copie a introdução; na sua folha de redação;
4. identifique-se adequadamente (nome, série e turma);
Proposição para leitura e produção da Situação A
Considere o seguinte recorte:
“Andava pela rua quando de repente tropecei num pacote embrulhado em jornais. Agarrei-o vagarosamente, abri-o e vi, surpreso, que lá havia...”
Você deverá continuar o trecho acima em, no mínimo, mais dois parágrafos, constituindo um total de 15 linhas (desconsiderando a introdução)
Instruções específicas:
1. assinale a situação escolhida na folha de redação;
2. crie um título para sua narrativa;
3. copie a introdução; na sua folha de redação;
4. identifique-se adequadamente (nome, série e turma);
5. apresente um fundo moral para a sua narrativa.
_____Eu estava aplicando essa prova em uma das turmas e me deparei com essa tarefa. Achei interessante e desafiadora, talvez toda proposta de produção de texto o seja, e resolvi participar. Aí está o resultado:
Nome: Curtt
Turma: 2ª série do ensino médio
Situação escolhida: A
Titulo: É verdade!
_____Andava pela rua quando de repente tropecei num pacote embrulhado em jornais. Agarrei-o vagarosamente, abri-o e vi, surpreso, que lá havia – nu e cru – o corpo etéreo e transparente da verdade. Olhei para os lados e procurei a desconfiança nos olhos dos que passavam, mas percebi que todos estavam alheios a mim e seguiam o fluxo contínuo e automatizado de suas vidas.
_____Livrei a verdade do incômodo invólucro e deixei-a ali livre. A verdade flutuava junto ao meu peito, não se afastava de mim, seguia-me. Buscava um amigo, talvez. Deixei-me acompanhar, sentia-me diferente, feliz – Tinha encontrado a verdade!
_____A todos os lugares eu levava a minha companheira, as pessoas se impressionavam com ela, mas logo se afastavam. Os que a tocavam reclamaram de dor; os que não a tocavam disseram-se invadidos por um mal-estar, um incômodo.
_____A situação se agravou depressa: perdi meu emprego de jornalista – sugeriram que eu escrevesse contos de fadas –, perdi a vida social, minha família afastou-se. Ninguém reconhecia a minha verdade e viviam – só eu enxergava isso! – de falsas ou meias verdades. Os debates viravam conflitos; as discussões, desavenças; as amizades, contendas; o convívio, solidão.
_____Enfim, hoje ando sozinho pelas ruas, vivo do lixo e da esmola: de mim e da minha verdade, infelizmente, ninguém quer saber.
_____Eu estava aplicando essa prova em uma das turmas e me deparei com essa tarefa. Achei interessante e desafiadora, talvez toda proposta de produção de texto o seja, e resolvi participar. Aí está o resultado:
Nome: Curtt
Turma: 2ª série do ensino médio
Situação escolhida: A
Titulo: É verdade!
_____Andava pela rua quando de repente tropecei num pacote embrulhado em jornais. Agarrei-o vagarosamente, abri-o e vi, surpreso, que lá havia – nu e cru – o corpo etéreo e transparente da verdade. Olhei para os lados e procurei a desconfiança nos olhos dos que passavam, mas percebi que todos estavam alheios a mim e seguiam o fluxo contínuo e automatizado de suas vidas.
_____Livrei a verdade do incômodo invólucro e deixei-a ali livre. A verdade flutuava junto ao meu peito, não se afastava de mim, seguia-me. Buscava um amigo, talvez. Deixei-me acompanhar, sentia-me diferente, feliz – Tinha encontrado a verdade!
_____A todos os lugares eu levava a minha companheira, as pessoas se impressionavam com ela, mas logo se afastavam. Os que a tocavam reclamaram de dor; os que não a tocavam disseram-se invadidos por um mal-estar, um incômodo.
_____A situação se agravou depressa: perdi meu emprego de jornalista – sugeriram que eu escrevesse contos de fadas –, perdi a vida social, minha família afastou-se. Ninguém reconhecia a minha verdade e viviam – só eu enxergava isso! – de falsas ou meias verdades. Os debates viravam conflitos; as discussões, desavenças; as amizades, contendas; o convívio, solidão.
_____Enfim, hoje ando sozinho pelas ruas, vivo do lixo e da esmola: de mim e da minha verdade, infelizmente, ninguém quer saber.
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Moral 1: a verdade às vezes dói, às vezes incomoda.
Moral 2: a verdade é companheira.
Moral 3: os jornais podem embrulhar a verdade.
Moral 4: talvez exista mais verdade num conto de fadas do que no texto de um jornal.
Moral 5: a verdade é minha.
Moral 1: a verdade às vezes dói, às vezes incomoda.
Moral 2: a verdade é companheira.
Moral 3: os jornais podem embrulhar a verdade.
Moral 4: talvez exista mais verdade num conto de fadas do que no texto de um jornal.
Moral 5: a verdade é minha.