Este verso não se fecha
em si mesmo.
Assim como um torresmo não desencanta a poesia.
Torresmo – lírico ao paladar –
cai feito rosa e se alastra
como tentáculos pela imensidão vermelha.
Sangue é vida disseminada em ramificações.
Torresmo é fuga. É o mal do século.
E eu sou romântico.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
Ovo do desperdício
Poema inspirado na genialidade poética de
João Cabral de Melo Neto e de Marcelino Pan y Vino
Um ovo assim em coletivo,ao lado de outros e de lado,
por tempo em demasia, receoso,
ao canto, que o bem desejado.
O ser que é tão vivo, não morto,
e antes, e morno, e imaculado,
agora com vida em processo
de morte – o ovo, desanimado.
O tempo no tempo se perde
o ovo maciço, o de encaixado.
Em seu seio de ser, de alimento,
– mortalmente – deteriorado.
Este ovo, em goro, já não cumpre
duas sinas – de ser destinado:
um, sem vida, ovo de não-ser;
e outro ser – de fome – colmado.
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