Você sabe aonde fui?
Fui à casa do meu pai.
Ele se chama Rui.
Lá quase ninguém vai.
E sabe por que fui?
Saudade de meu pai.
Se lamento, digo “ui”.
Se dói muito, digo “ai”.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
sábado, 15 de janeiro de 2011
Palavras têm sabor?
Palavras têm sabor?
Não sei. Sei que saboreio palavras.
Algumas parecem ácidas por natureza,
e há quem as adoce.
Algumas inspiram doçura e suavidade,
mas a ironia e o sarcasmo as acidulam.
Palavras têm sabor?
Talvez. Mas sei que encantam (ou corroem)
segundo a dialética humana.
Não sei. Sei que saboreio palavras.
Algumas parecem ácidas por natureza,
e há quem as adoce.
Algumas inspiram doçura e suavidade,
mas a ironia e o sarcasmo as acidulam.
Palavras têm sabor?
Talvez. Mas sei que encantam (ou corroem)
segundo a dialética humana.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Estrangeiro
Por que buscar
Rima rara?Tê-la e estrela.
─ Caetano fê-la
por Guanabara.
Perco-me em desagrado.
E qui-lo com fi-lo...?
─ Não fico tranquilo
nem sou Jânio Quadros.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Homicídio na madrugada
Um homem em silêncio e frio.
Do isqueiro em mãos. En-
tre espanto e prazer.
Quatro horas. Outro homem. Desespero.
Sim. Coração aos pulos. Para ele não amanhe-
ce. Eis que entriste-
ce. Teve medo. O peito arde. Af...
oito. Nos pulsos e na garganta um
nó. Vê a morte flamejante e morre a
dez minutos do amanhacer.
Do isqueiro em mãos. En-
tre espanto e prazer.
Quatro horas. Outro homem. Desespero.
Sim. Coração aos pulos. Para ele não amanhe-
ce. Eis que entriste-
ce. Teve medo. O peito arde. Af...
oito. Nos pulsos e na garganta um
nó. Vê a morte flamejante e morre a
dez minutos do amanhacer.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
sábado, 1 de janeiro de 2011
Árido
Sob o sol estou,
por toda a vida.
Minha pele tem rachaduras
que fazem de meu corpo
uma extensão do outro
e do chão em que piso.
São sulcos profundos
e ranhuras por onde correm filetes de água
da chuva tímida do suor do meu corpo.
O mar são minhas lágrimas.
por toda a vida.
Minha pele tem rachaduras
que fazem de meu corpo
uma extensão do outro
e do chão em que piso.
São sulcos profundos
e ranhuras por onde correm filetes de água
da chuva tímida do suor do meu corpo.
O mar são minhas lágrimas.
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