quarta-feira, 16 de julho de 2008

Hora do almoço

"Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar do tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim"

Zé Rodrix e Tavito
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... tenho compromissos e os nervos estão à flor da pele o porque é o tempo escassez de tempo mas sei que preciso continuar o mercado de trabalho é cruel assim corro ou melhor vôo em busca dos meus anseios e desejos de conquista há pouco encontrei um amigo que há muito não via e a distância da nossa amizade já havia-se sedimentado disfarço além disso não posso agora este ônibus está insuportável e neste inferno coletivo minha segurança é garantida pelo meu braço estendido e pelo equilíbrio dos meus pés nesta base incerta alguém me olha distante e eu retribuo com a mesma ausência de sentimentos que é marca mais significativa das relações urbanas não há tempo para pausas pausa é discriminação pois o direito ao ócio é um bem inacessível nesse capitalismo escravista chego ao banco e a fila é a perda de algo que não tenho o relógio diz que não há tempo para o almoço divido diálogos indiferentes com pessoas é minha vez “até logo” e o indivíduo automático do caixa “não não é neste banco”...


Um comentário:

, disse...

eu fui no show do sá, rodrix e guarabyra! muito foda...

e quanto ao tempo..
acho que ele é igual pra tudo e todos, assim como as pessoas, o que muda é a nosso medo.